56-Porta do Quarto Marco
julho 15, 2020
56-PORTA DO QUARTO MARCO
A minha saudade bandida,
Meu pranto escorrido,
Eu procuro minha vida escondido,
E do meu coração sou bandido.
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Por entre nuvens e estrelas,
Por entre esta porta,
Entrou um bando de cardeais,
A felicidade importa,
Conduzida por pardais.
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Quase todo sino tem uma igreja,
Mas toda igreja tem um sino,
O mar todo mundo deseja,
Porém ninguém dá o perdão divino.
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Minhas marcas são doídas,
Minhas canções são tristes,
Mas de todas feridas,
A tristeza é o que me persiste.
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Há tudo para se sentir,
Nem tudo para se ver,
Nem mesmo um broto de flor a se abrir.
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Quero chorar quando chover,
Quero te beijar até o sol voltar,
Quero te propor,
Um jeito simples de te amar.
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Aos poucos te digerir,
Na porta escura de um marco,
Marcada pra me ferir,
Um amor.... que serviu apenas para me iludir.
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Marcando essas horas de dor,
Um amor que ainda amo,
E as noites o chamo,
Num sonho iludido e vendido,
Num amor esquecido e perdido,
Num amor fingido,
Depois o coração partido,
Repreendido e morto,
Que no cais daquele porto,
Se perdeu na maré mansa,
Enquanto a água descansa,
Eu curto a esperança.
E nas lembranças,
As tardes belas de outrora.
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Amor, sofri demais,
Viver sem você,
Não conseguirei jamais.
Nilson
NdS
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